05 / 07 / 19

Acordo entre Mercosul e UE é bem recebido por profissionais de comércio exterior

Acordo entre Mercosul e UE é bem recebido por profissionais de comércio exterior

Em entrevista ao Jornal Nacional, especialistas em comércio internacional que participaram da negociação longa entre o Mercosul e a União Europeia comentaram o acordo.

Os produtos de uma indústria têxtil concorriam com os produtos europeus, mas acabavam perdendo terreno, segundo o dono Renato Bitter.

“Muitas vezes, eles gostavam do produto, porém, um dos fatores determinantes eram as taxas que teriam que pagar”.

Agora, ele prevê aumento nas vendas nos próximos cinco anos.

“A expectativa sim é a gente crescer pelo menos de 25 a 30% nas exportações para os países da União Europeia”.

O Brasil, no mapa do comércio mundial, estava até agora isolado no Mercosul. É o que dizem economistas e especialistas em comércio internacional que participaram dessa longa negociação entre Mercosul e União Europeia.

“Nos últimos 20 anos, o Brasil negociou apenas três acordos comerciais, com Israel, com a Autoridade Palestina e com o Egito, quando o mundo inteiro, segundo a Organização Mundial do Comércio, negociou mais de 250 acordos. Então, o Brasil agora com esse acordo começa, volta a se reintegrar nos fluxos dinâmicos de comércio e na aceitação e no cumprimento de regras internacionais que são aprovados por todo mundo, o Brasil estava fora disso”, disse Rubens Barbosa, ex-embaixador em Washington e presidente do Instituto de Comércio de Relações Internacionais e Comércio Exterior.

O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer diz que é questão de tempo até que as regras de transição do acordo sejam concluídas.

“Há um período de transição, então essas expectativas vão se prolongar no tempo, vão de desdobrar no tempo, mas a celebração do acordo já cria por si só um clima favorável e representa também para o Brasil, e para os parceiros nossos do Mercosul, digamos assim, uma expressão de confiança no nosso futuro”, afirmou

Já o economista e coordenador da FGV Agro, Roberto Rodrigues, ressalta o ganho para os consumidores. Segundo ele, a maior competição entre os países deve melhorar a qualidade dos produtos e reduzir os preços.

“O protecionismo que vinha crescendo inibia a importação pelos países desenvolvidos de produtos nossos, por exemplo. Com essa abertura, eles vão poder importar nossos produtos com preço mais competitivo do que os deles, por causa de custo de produção, e a população todinha vai ser beneficiada. Lá e cá”, disse.

Fonte: Jornal Nacional

05 / 07 / 19

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