16 / 12 / 19

Argentina aumenta impostos sobre exportações agrícolas; Brasil pode ser afetado

O novo presidente da Argentina, Alberto Fernández, decidiu neste sábado, 14, aplicar uma medida urgente de aumento de impostos nas exportações agrícolas do país. A medida, publicada no Diário Oficial argentino, tem como objetivo amenizar os problemas econômicos dos nossos vizinhos.

Segundo periódicos argentinos como Clarín e La Nación, as taxas sobre a venda de grãos para o exterior serão fixada em 9%, mas podem ser ainda maiores, se somadas a outros impostos já existentes, como é o caso da soja, que já conta com um imposto de 18% e passará a ter uma taxa de 27%. A medida entra em vigor já na próxima segunda, 16, e terá impacto no Brasil, grande parceiro comercial dos argentinos.

Até então, a produção de grãos da Argentina, por exemplo, trabalhava com uma taxação de 4 pesos para cada dólar exportado. O decreto com as mudanças foi assinado pelo presidente Fernández e pelo Chefe do Estado Maior, Santiago Cafiero, além dos ministros da economia, Martín Guzmán e da Agricultura, Luis Basterra.

A medida, no entanto, não agradou a Sociedade Rural Argentina (SRA). “Quando Alberto Fernández foi candidato, ele disse que iria nos consultar, e isso não aconteceu. Com o ministro [Luis Basterra] nos encontramos na quinta-feira e ele não disse nada para nós”, disse Daniel Pelegrina , presidente da SRA, à Rádio Mitre.

 Impacto no Brasil

O principal produto exportado da Argentina para o Brasil é o trigo. A decisão de Fernández pode impactar imediatamente o preço de alguns produtos que dependem desse insumo, como pães.

Por outro lado, a medida pode beneficiar as exportações brasileiras de soja, já que a oleaginosa argentina em tese ficará menos competitiva.

Do total de produtos agrícolas exportados da Argentina para o Brasil, de acordo com o Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o trigo  representa 57%, seguido por cevada em grãos (7,7%) e em menor quantidades vêm outros produtos, como peixes, frutas, carne e cebolas.

 Fonte: Canal Rural

 

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